Um total de 20 bolseiros moçambicanos já se encontram em Portugal, para prosseguirem estudos no Instituto Politécnico Técnico de Leiria (IPL). Trata-se de estudantes oriundos da região norte de Moçambique (províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula ), os quais vão frequentar os cursos de Marketing Digital e Turismo; Gestão hoteleira e Turismo; Organização e Comunicação de Eventos; Intervenção Social e Comunitário; e Secretariado Clínico.
Estes estudantes vão se juntar aos 50 bolseiros moçambicanos que já se encontram em Portugal para prosseguirem com seus estudos em diversas áreas de saber, como seja, Engenharias, Mineração, entre outras.
Segundo a Directora do Instituto de Bolsas de Estudos (IBE, IP), Carla Caomba, a política do Governo para o desenvolvimento do capital humano e social nacional visa, entre outras, a formação de mão-de- obra qualificada local no contexto de surgimento de novas indústrias na região Norte de Moçambique, com maior incidência na província de Cabo Delgado.
Foi neste contexto que o IBE, IP estabeleceu cooperação com a Agência do Desenvolvimento Integrado para o Norte (ADIN) e, a Autoridade Nacional de Educação Profissional (ANEP), para a formação de 70 Jovens em Portugal de modo à responder a demanda do sector produtivo na região norte de Moçambique.
Para além das parcerias firmadas no território nacional, o IPL por sua vez, sensibilizado com a situação actual na região norte de Moçambique, com maior incid^encia na província de Cabo Delgado, mobilizou parcerias em Portugal onde foram assinados alguns Acordos Específicos com entidades tais como os Municípios de Peniche, Leiria e Pombal, que apoiam em parte o alojamento dos estudantes.
Foi nesse contexto que o Dissector do IPL, Sérgio Leandro, desejou boas vindas aos estudantes, tendo manifestado satisfação em receber os estudantes de Moçambique, que o considera um país amigo.
Na ocasião, Leandro encorajou os estudantes à dedicarem-se aos estudos como forma de garantir o desenvolvimento individual e de seu país. “Esta sendo feito um grande
investimento em vós, pelo que gostaria de apelar para que se dediquem aos estudos para concluírem com sucesso a formação, obterem os merecidos diplomas e contribuirem para o desenvolvimento dos seus respectivos distritos”, sublinhou o Director.
Importa referir, que há outro tipo de apoios que vem decorrendo deste processo, mesmo ao nível da Embaixada de Portugal em Moçambique, em conjunto com o Consulado Geral de Portugal em Maputo, onde todo processo de tramitação dos documentos, incluindo os vistos, estiveream isentos de qualquer taxa.
“Este Programa, já na sua fase inicial tem resultados satisfatórios, pois, apesar da mudança dos jovens duma cultura para outra, conseguiram adaptar-se ao Ensino e à novos hábitos e costumes. Como resultado, o aproveitamento académico responde às exigências do IBE, IP”, sublinhou Carla Caomba.
Referir que o IBE, IP é uma instituição pública cacional, tutelada pelo Ministro que superintende a área do ensino superior, com a missão de atribuir bolsas de estudos para formação académica e profissional à moçambicanos, segundo as prioridades definidas pelo Governo.