Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

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por estudante do Ensino Superior

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Ministro Nivagara quer difusão de resultados da investigação científica com impacto na melhoria de vida da população

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara,  exorta as Instituições de Ensino Superior (IES) e Instituições de Investigação Científica (IIC) à  promoverem cada vez mais iniciativas que contribuam para aumentar a visibilidade, a acessibilidade e a difusão dos resultados de investigação científica nacional, para que os resultados desta investigação científica tenham impacto na sociedade, no sector produtivo e melhoramento das condições de vida e bem-estar da população.

Esta exortação foi feita pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara, durante a Cerimónia de Abertura da 13ª Conferência Lusófona da Ciência Aberta — 2022, (13ª ConfOA 2022), realizada Segunda-feira, dia 10 de Outubro do ano corrente, em Maputo, onde destacou a importância e o potencial da Ciência, Tecnologia, Inovação e Transferência de Tecnologias para a promoção do crescimento e desenvolvimento socioeconómico do país.

Na ocasião, o ministro saudou a realização da 13ª ConfOA 2022 no nosso país e na Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e, considera esta iniciativa como um passo significativo para o fortalecimento do quadro de produção e disseminação da ciência.

No entender do ministro, a realização da 13ª ConfOA 2022 marca um momento importante do ensino superior no país, pelo facto de celebrar o resultado de uma comprometida actuação rumo ao cumprimento das atribuições académicas deste subsistema de educação, que além do ensino, abarcam as actividades de investigação e de extensão universitária, desde a produção até a comunicação do saber, para a comunidade académica e para a sociedade, através da implementação da Ciência Aberta.

“O nosso Governo aposta na utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para uma crescente promoção e melhor acesso à informação por parte da administração pública, do sector privado, das comunidades académica e científica nacional e, do público”, disse  Nivagara.

Aliás, os instrumentos programáticos de desenvolvimento do nosso país, bem como os instrumentos de política e de regulação, em face da actual revolução tecnológica global, enfatizam a necessidade de se incutir uma cultura de ciência na sociedade, nos indivíduos e nas instituições, através da sua participação directa ou indirecta na produção, disseminação e utilização do conhecimento. No entanto, para o sucesso da implementação dos referidos instrumentos programáticos, de política e de regulação, há necessidade de consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, desiderato que as IES  e as IIC  deverão ajudar a alcançar.

Para  o Reitor da Universidade Eduardo Mondlane,  Manuel Guilherme Júnior, a realização da 13ª ConfOA 2022  representa mais um exercício que a UEM realiza tendo em vista a consolidação da sua missão que se consubstancia na produção e disseminação do conhecimento científico, incluindo a promoção da inovação. 

Para Manuel Guilherme Junior, ao configurar-se como um evento que reúne as comunidades dos países lusófonos que desenvolvem actividades de investigação, desenvolvimento, gestão de serviços e definição de políticas relacionadas com a Ciência Aberta em todas as suas vertentes, nomeadamente, o Acesso Aberto à Informação Científica e os Dados de Investigação, a ConfOA assume-se como um espaço privilegiado para a promoção da partilha, discussão e divulgação de conhecimentos, práticas e investigação sobre estas temáticas, em todas as suas dimensões e perspectivas. 

“A UEM regozija-se por ser escolhida, dentre muitas outras instituições elegíveis, para organizar a 13ª ConfOA 2022, com o lema “Ciência Aberta: Diversidade, Inclusão e Sustentabilidade”. Este regozijo ganha dimensão e um simbolismo particular por se tratar da primeira vez que Moçambique e a nossa Universidade acolhem uma Conferência desta dimensão no âmbito desta temática e num contexto em que celebramos 60 anos da criação da UEM e do Ensino Superior em Moçambique” sublinhou o Reitor.

Ademais, espera-se que a conferência contribua para a inserção de várias IES e de pesquisa, particularmente em Moçambique, no debate e na incorporação da cultura na produção, circulação e apropriação do conhecimento e reafirmação do nosso compromisso com a democratização do conhecimento e do acesso ao conhecimento científico na construção da ciência e tecnologia ao serviço da sociedade.

Num outro desenvolvimento, o ministro Nivagara  enalteceu  a promoção e consolidação de iniciativas de Ciência Aberta que vêem sendo implementadas pelas IES e IIC  moçambicanas.

A título de exemplo, o ministro avançou que  o MCTES está a coordenar com as IES moçambicanas,  sendo um dos  casos concretos a UEM, o estabelecimento do Repositório Científico Nacional, que deverá ter ligação com os repositórios científicos institucionais moçambicanos e estrangeiros.

Importa referir que a realização da 13ª ConfOA 2022 é organizada pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM) em colaboração com a Universidade do Minho, a Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal, o Instituto Brasileiro em Ciência e Tecnologia e, contando com o apoio do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC) e, da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP).