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por estudante do Ensino Superior

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PAR defende criação de espaços para jovens

A Presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, defendeu domingo último, em Lusaka, Zâmbia, a necessidade de os países continuarem a criar, de forma mais ousada, espaços para a participação da juventude, com destaque para a sua capacitação, incluindo no domínio das tecnologias de informação e comunicação e do desafio da digitalização, rumo à emancipação económica, condição fundamental para o bem-estar.

A Presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, defendeu domingo último, em Lusaka, Zâmbia, a necessidade de os países continuarem a criar, de forma mais ousada, espaços para a participação da juventude, com destaque para a sua capacitação, incluindo no domínio das tecnologias de informação e comunicação e do desafio da digitalização, rumo à emancipação económica, condição fundamental para o bem-estar.

Verónica Macamo fez este pronunciamento durante a 134.ª Assembleia-Geral da União Inter-Parlamentar (UIP), cujos trabalhos terminaram ontem em Lusaka, sob o tema “Rejuvenescendo a Democracia, Dando Voz à Juventude”.

A Presidente do Parlamento afirmou que o processo da inclusão política da juventude pressupõe garantir a participação desta camada social na formulação de políticas que resultem na maior inclusão dos jovens em todas as actividades dos países.

“Neste contexto, julgamos que para dar mais voz à juventude na construção das nossas sociedades democráticas devemos envolver a juventude na formulação de políticas e programas ligados às prioridades de desenvolvimento”, disse, sublinhando a necessidade de se encorajar a criação e o funcionamento de associações de jovens para dar maior visibilidade às demandas sociais da juventude, de forma a encaminhar aos governos as preocupações relacionadas com o emprego, habitação, educação, formação profissional, HIV & SIDA, entre outras inquietações.

 Para a Presidente da Assembleia da República, a democracia não deve ser um fim em si, mas sim uma plataforma que garante a participação de todos, e da juventude em particular, na construção de sociedades mais justas, equitativas e promotoras da paz.

É neste prisma que, indicou Verónica Macamo, o Estado moçambicano tem apoiado e encorajado as iniciativas da juventude na consolidação da unidade nacional, reconstrução e desenvolvimento do país. Acrescentou que com o desenvolvimento das associações e organizações juvenis Moçambique adoptou a Lei sobre a Política Nacional da Juventude e a estratégia da sua implementação com vista a promover a formação profissional dos jovens, o acesso ao primeiro emprego e ao seu desenvolvimento intelectual e físico.

Na ocasião a Presidente da Assembleia da República partilhou com membros da UIP os esforços de Moçambique para a monitoria e integração das acções da juventude, com a criação do Ministério da Juventude e Desportos, do Instituto Nacional da Juventude, do Conselho Nacional da Juventude e do Fundo de Apoio às Iniciativas da Juventude.

“Os nossos países devem criar condições para garantir o acesso dos jovens à educação, saúde e habitação condignas, ao emprego, auto-emprego, com destaque para o acesso ao primeiro emprego, bem como ao pleno exercício das liberdades fundamentais”, afirmou.

Apelou aos empregadores para a necessidade de compreenderem que o primeiro emprego implica receber um jovem sem muita experiência, mas com uma mente aberta, com capacidade e criatividade para trabalhar e inovar em benefício da empresa e da instituição.

Para além de prover a educação política à juventude, segundo a Presidente da Assembleia da República, os Estados devem igualmente esmerar-se a ensinar os jovens a ter amor próprio e a amar o próximo, valores que, afirmou, a serem abraçados pela nossa juventude contribuem para que esta ame os seus povos e paute pelos valores da solidariedade, caridade, generosidade e humanismo, que são de capital importância na construção de uma sociedade mais justa, mais equilibrada e, por conseguinte, mais feliz.

No entender da Presidente do Parlamento, é dever de todos continuar a trabalhar em conjunto para o respeito dos valores morais e princípios éticos, transmitindo, sobretudo, o legado de forma mais adequada à juventude para que ela possa vivenciá-los e os transmitir às futuras gerações.

“Outro aspecto importante é garantir que os jovens possam crescer sãos, ajudando-os a sair de comportamentos desviantes”, indicou, ajuntando que os jovens devem dizer não às drogas, não ao alcoolismo, não às gravidezes precoces, não aos casamentos prematuros e não ao abandono à escola, e devem evitar doenças como HIV & SIDA, que não lhes permitem dar o seu valioso contributo às sociedades nem a serem felizes.

A participação dos jovens é condição indispensável para o rejuvenescimento das instituições democráticas, um desafio que também corresponde ao cumprimento dos objectivos e metas estabelecidos nas agendas programáticas internacionais, nomeadamente a agenda de desenvolvimento sustentável e a agenda 2063, da União Africana.

Fonte: Jornal Notícias