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por estudante do Ensino Superior

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Ensino Superior: Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa criam rede em prol da qualidade

Melhorar a harmonização dos programas académicos entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e fomentar a criação de um espaço de ensino superior distinto, comparável, atractivo e globalmente competitivo constituem os principais objectivos da criação da Rede Lusófona das Agências de Garantia de Qualidade (LusoQAN).

Para o efeito, representantes de Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique reuniram-se ontem, na cidade de Maputo, na Conferência Constitutiva da LusoQAN, sob direcção do Vice-Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Edson Macuacua.

Na ocasião, o governante referiu que a Rede servirá de plataforma para o intercâmbio e cooperação sistematizada, institucionalizada e eficaz entre os PALOP em prol da contínua melhoria da qualidade do ensino.

Disse esperar que a LusoQAN contribua para impulsionar a formação do corpo docente, fomentar a mobilidade académica e profissional e promover a transferência de conhecimentos num espaço de co-responsabilidade e mútuo reconhecimento do contributo de cada país. “Um dos maiores compromissos dos Estados africanos é

garantir uma caminhada conjunta através de iniciativas concretas como esta, visando uma melhor articulação que permita que os Sistemas de Educação Superior estejam harmonizados, robustos e sobretudo competitivos face aos actuais desafios impostos pelas mudanças sócio económicas que caracterizam o mundo do trabalho”, frisou.

Macuacua defendeu ainda que as universidades dos países de língua portuguesa devem ser competitivas e se afirmarem internacionalmente pela excelência no ensino, investigação, extensão e inovação.

Por sua vez, Maria Agibo, presidente do Conselho Nacional de Avaliação de Qualidade do Ensino Superior (CNAQ), explicou que a ideia de se criar a LusoQAN surgiu a quando da realização da Conferência da Rede Africana de Garantia de Qualidade (AFRIQAN), em 2022, na cidade de Maputo.

“Neste evento foi evidenciado que apenas os PALOP não se tinham beneficiado do direito de poder constituir uma Rede de Garantia de Qualidade por forma a articular de forma coordenada a sua actuação no ensino superior”, sublinhou.

Fonte: Notícias