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por estudante do Ensino Superior

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Especialistas avaliam progresso no fortalecimento da capacidade de investigação e inovação na área de CTEM 

Os participantes do Fórum Anual de Implementadores do Fundo Regional de Bolsas de Estudo e Inovação (RSIF) em Moçambique, partilham experiências sobre as melhores estratégias para fortalecer habilidades e optimizar a capacidade de aplicação prática dos resultados da pesquisa em prol do desenvolvimento das comunidades.

Intervindo por ocasião da Realização do Fórum Anual de Implementadores do Fundo Regional de Bolsas de Estudo e Projectos de Investigação e Inovação Componente I do Projecto Mozskills P167054, o Vice-ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Edson Macuácua destaca a necessidade dos resultados   da pesquisa trazerem soluções inovadoras para dar respostas concretas aos desafios de desenvolvimento das comunidades e da sociedade.

Subordinado ao lema “Capacitação para traduzir os resultados da investigação em aplicações práticas para diversificação económica”, o fórum reveste-se de capital importância ao constituir-se como uma oportunidade  de auto-avaliação de meio termo, bem como espaço para discutir e aprofundar o seu progresso, especialmente a subcomponente 1.3, virada ao fortalecimento da capacidade de investigação e inovação na área de   Ciência, Tecnologias, Engenharias e Matemática (CTEM) nas Instituições de Ensino Superior (IES) através do Fundo Regional de Bolsas de Estudo e Inovação (RSIF), que são fundos competitivos para programas do ensino superior, coordenada pelo Centro Internacional de Insecto Civiologia  e Ecologia (ICIPE).

Segundo Edson Macuácua, no capítulo do desenvolvimento humano, o  Governo de Moçambique assume que é fundamental desenvolver uma educação de qualidade e socialmente relevante; Garantir o acesso à bolsas de estudo de forma inclusiva, com justiça e equidade de modo a eliminar as assimetrias regionais, sociais e de género, construindo  uma sociedade de conhecimento, inclusiva e de justiça social; Incentivar a formação nas áreas de CTEM, pelo facto deste segmento de ensino possibilitar a formação de capital humano em áreas críticas para o desenvolvimento do país e; promover uma investigação aplicada, de modo a colocar a ciência ao serviço do desenvolvimento.

É neste contexto que  foi concebido o projecto de Melhoramento do Desenvolvimento de Competências em Moçambique, MozSkills, tendo como objectivo aumentar o acesso à educação e formação de qualidade ao nível do ensino técnico profissional e ensino superior em áreas prioritárias, compreendendo quatro componentes nomeadamente: aumentar o acesso ao ensino superior de qualidade, com enfoque em CTEM; aumentar o acesso ao Ensino Técnico Profissional (ETP) de qualidade, em áreas prioritárias; fortalecer a capacidade institucional de governação do ensino superior e técnico profissional; e gestão, monitoria e avaliação.  

Como refere o Vice- ministro do MCTES, a  formação nas áreas de  CTEM deve estar alinhada com as prioridades da agenda nacional de desenvolvimento do país e a agenda internacional dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, trazendo respostas inovadoras, sustentáveis aos desafios locais e globais, com destaque para a pobreza, as mudanças climáticas, a saúde pública, com enfoque para as doenças endémicas e pandémicas, a empregabilidade da juventude e a geração da renda de modo a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

“Num mundo de uma economia aberta em processos cada vez mais complexos de globalização, a economia nacional precisa de elevar a sua competitividade e diversidade, o que passa necessariamente pela promoção da formação na área das ciências naturais, matemática e engenharias com vista a dar o suporte necessário à inovação e ao desenvolvimento tecnológico”, sublinhou Macuácua.

Aliás, a formação em áreas de CTEM desempenha um papel fundamental, pois, os formados nestas áreas dispõem de um saber fazer prático, directamente aplicável na produção, industrialização, construção, mecânica, electrónica e inovação tecnológica e, em outros sectores sócio-profisisonais, concorrendo para diversificação da economia e para prestação de serviços que melhoram a qualidade de vida dos cidadãos. 

Governo empenhado em fortalecer as habilidades científicas dos graduados

O Governo, através do ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), está comprometido em fortalecer habilidades e, aprimorar capacidades científicas e tecnológicas dos graduados e, impulsionar o crescimento económico de Moçambique que passa pelo crescimento qualitativo do seu capital humano, para que possa agregar valor aos recursos naturais por intermédio da formação de profissionais e técnicos altamente qualificados, aptos à inovar.

É neste contexto que Moçambique aderiu à Parceria para Ciências Aplicadas de Engenharia e Tecnologia (PASET), onde contribuiu com um montante de seis milhões de dólares norte americanos para o Fundo Regional de Bolsas de Estudo e Inovação (RSIF) em 2021, focando especificamente na formação de docentes para o nível de doutoramento e, em projectos de investigação e inovação. 

Esta contribuição fortalece a posição de Moçambique na PASET, ao colocar como o nono país a integrar este grupo de países com uma visão clara da importância da ciência, tecnologia e inovação e, o seu papel na transformação económica e criação do bem-estar para todos os cidadãos que tanto almejamos.

O RSIF, oferece oportunidades ímpares para formação de qualidade, intercâmbio académico e parcerias internacionais. Além disso, contribui para a estratégia de desenvolvimento nacional e para a concretização da Agenda 2063 da União Africana.

“O nosso maior desafio é assegurar que o conhecimento científico seja socialmente relevante, que a investigação científica tenha impacto na resolução dos problemas da comunidade”, sublinhou o Vice-ministro, Edson Macuácua.

Ademais, a investigação científica não pode ser abstracta, alheia aos desafios do contexto envolvente. Precisamos de desenvolver um ecossistema de ciência e tecnologia que traduz os resultados da investigação em aplicações práticas para a diversificação económica.

Com o projecto Mozskills o Governo espera que as IES elevem a sua competitividade e excelência nos domínios do ensino, pesquisa, extensão universitária e inovação.