Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Programa um computador
por estudante do Ensino Superior

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Nivagara desafia o CMC de Inharrime a promover inclusão digital localmente

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara, desafiou os gestores do Centro Multimédia Comunitário (CMC) de Inharrime à potenciarem e alargarem, o leque e a qualidade dos serviços prestados na área de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), por forma que este contribua para a promoção de maior inclusão digital localmente.

O repto foi dado aquando da visita do titular da pasta de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior ao CMC de Inharrime, no contexto da sua recente deslocação em missão de serviço à província de Inhambane.

No decurso da sua visita de trabalho ao CMC de Inharrime, o governante interagiu com a equipa de gestão e os colaboradores da instituição e, trocou impressões com um grupo de formandos na área de TIC, constituído por jovens locais, tanto do sexo masculino, quanto feminino. Neste quesito, o dirigente louvou o número significativo de formandos do sexo feminino que frequentam o curso de introdução às TIC.

O dirigente encorajou os gestores do CMC local à levarem avante as suas diversas actividades de intervenção comunitária, tanto através da rádio comunitária, quanto do telecentro.

Num outro desenvolvimento, o titular da pasta de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior referiu que o telecentro local necessitava de um investimento significativo em equipamento informático, em melhoria da qualidade da internet e largura de banda e, a rádio comunitária necessitava de melhorar a sua capacidade de acesso a informação diversas de utilidade pública.

Um CMC traduz-se numa infra-estrutura tecnológica de intervenção comunitária, constituído por uma rádio comunitária e um telecentro, cuja vocação é a de promover a comunicação e a intervenção comunitárias para o desenvolvimento local, em apoio aos programas e projectos de desenvolvimento nacional.

No caso vertente de Inharrime, antes de existir um CMC, funcionava apenas uma rádio comunitária, um órgão de informação público e sem fins lucrativos, instalada localmente no ano de 2012 e que se encontrava sob tutela do Instituto de Comunicação Social – Delegação Provincial de Inhambane.

Esta estação de rádio iniciou as suas actividades a 15 de Dezembro de 2012, transmitindo as emissões em Frequência Modulada (FM) de 99.50 MHZ, com um raio de cobertura de 70km, abrangendo quase todo o distrito de Inharrime e parte dos distritos circunvizinhos, tais como Zavala, Jangamo, Panda e Homoíne.

A referida rádio comunitária transmite os seus programas, dentre educativos, informativos, recreativos, culturais e de entretenimento, em três idiomas, designadamente, Português, Chitxope e Guitonga.

Em 2017, por iniciativa do Ministério que tutelava a área de Ciência e Tecnologia, através do Centro de Investigação e Transferência de Tecnologias para o Desenvolvimento Comunitário (CITT) e, com apoio do Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM), foi instalado o telecentro junto ao edifício onde funcionava a rádio comunitária de Inharrime, constituindo-se, deste modo, o CMC local.

Desde a sua implantação até ao momento, o telecentro já possibilitou a ministração de cursos de curta-duração em informática básica na óptica do utilizador, tendo beneficiado um total de 305 formandos, dos quais 152 homens e 153 mulheres, dentre jovens e adultos.

Do balanço das autoridades locais e dos gestores do CMC, considera-se que a instalação do telecentro em Inharrime trouxe benefícios assinaláveis à comunidade, na medida em que as formações promovidas na área de TIC e os serviços digitais prestados, têm contribuído para o alargamento das competências digitais da população local, sobretudo jovens, melhorado a inclusão digital da comunidade e propiciado maiores oportunidades de acesso à emprego por parte dos jovens.

Mais recentemente, em 2020, no contexto da emergência em nosso país da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), o CMC de Inharrime esteve envolvida no movimento nacional de prevenção, combate e mitigação dos efeitos desta pandemia viral, ao difundir nos três idiomas supracitados, o programa radiofónico “Conhecimento que pode nos salvar”.

Com a implementação do programa em apreço, esperava-se que a comunidade tivesse consciência sobre a COVID-19 e tomasse as devidas precauções, tendo em consideração as orientações das entidades competentes assim como, tomassem medidas locais face as práticas socioculturais que poderiam propiciar a contaminação e propagação da COVID-19.

Actualmente, existem 74 CMC instalados em todo o país, sob gestão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), através do CITT, instituição tutelada pelo Ministro que superintende a área de Ciência e Tecnologia.