O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara, afirma que a cerimónia de graduação da Universidade Nachingwea (UNA), ao formar e colocar à disposição da sociedade e do mercado de trabalho técnicos graduados nas mais diferentes áreas do saber por si ministradas, presta um contributo particularmente importante para o cumprimento satisfatório dos compromissos assumidos no contexto do Plano Quinquenal do Governo 2020 – 2024 (PQG 2020–2024).

O Ministro, falava Sexta-feira (15-12-2023) na província de Maputo, em representação do Presidente da República de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, na IV cerimónia de Graduação da Universidade Nachingwea (UNA), a qual contou com cerca de 100 quadros qualificados dos cursos de Direito, Administração Pública, Economia agrária, Agronomia, Gestão de Empresas, contabilidade e auditoria, e informática de economia e gestão.

Trata-se de áreas importantes e estratégicas para a contínua promoção do crescimento e desenvolvimento socioeconómico do país.

 E neste contexto que o ministro Nivagara, enaltece a direcção da UNA e toda a sua comunidade académica, pelo mérito na formação de quadros competentes a mercê do trabalho que vêem desenvolvendo, desde a sua criação até ao presente momento, cujos frutos, merecidamente, partilham uma vez mais, com a sociedade moçambicana e com o mundo.

“Por isso mesmo, gostaríamos de recorrer à oportunidade para encorajarmos a UNA a prosseguir avante com a consolidação e crescente profissionalização das suas diferentes unidades orgânicas académicas, elevando aos melhores standards nacional e internacional, as suas principais actividades de ensino, investigação e extensão universitária”, disse o ministro.

Aliás, esta instituição de ensino superior, a UNA, carrega consigo um enorme simbolismo e responsabilidade histórica, que remete-nos à génese da Luta Armada de Libertação Nacional, realidade que conduziu Moçambique à Independência Nacional, portanto, à liberdade e a capacidade de autodeterminação e, à condução do nosso próprio destino como Nação e Povo.

Assim, celebrar a festa da IV graduação da UNA, não se resume, somente, à comemoração dos feitos desta instituição de ensino superior na formação do capital humano, mas, sim, representa, igualmente, o testemunho vivo dos ganhos obtidos pela independência nacional, feito obtido graças à coragem e entrega abnegada dos melhores filhos de Moçambique, homens e mulheres, de diferentes extractos sociais e origens, heróis consagrados e anónimos. 

Na sua locução, Nivagara manifestou satisfação pelo facto de grande maioria do número de graduados desta IV Cerimónia de Graduação ser do sexo feminino, o que coloca a UNA no privilegiado conjunto de instituições de ensino superior que vem apostando no emponderamento da Mulher na Educação Superior, respondendo, assertivamente, às políticas do Governo nesta matéria e ao paradigma global de promoção da equidade de género em várias áreas de actividade.

Na ocasião, o dirigente recordou que no presente ciclo, a acção governativa nas mais diferentes áreas de actividades está assente no Programa Quinquenal do Governo 2020-2024 (PQG 2020-2024), cujo objectivo central é “adoptar uma economia mais diversificada e competitiva, intensificando os sectores produtivos com o potencial para elevar a geração de renda e criação de mais oportunidades de emprego, sobretudo, para jovens.

Assim, consideramos que o subsistema do ensino superior, ao formar capital humano e social de elevada qualidade, desempenha um papel crucial para o alcance do objectivo central da acção do Governo, colocando as instituições de ensino superior, no caso vertente a UNA, numa posição privilegiada de parceiros naturais do Governo para o alcance desse nobre desiderato.

Ademais, na tipificação das dimensões das instituições de ensino superior em nosso país, a UNA afigura-se como sendo uma instituição de ensino superior de Classe “A”, o que equivale dizer que a mesma tem como principal missão a realização do ensino, da investigação científica, da extensão universitária e da inovação, em todos os domínios do conhecimento, na sua plenitude ou universalidade.

“Nesta conformidade, gostaríamos de encorajar a UNA a prosseguir na busca de soluções que proporcionem uma crescente formação de qualidade, rumo à excelência académica nos domínios do conhecimento por si ministrados”.

Adicionalmente, a sua qualidade de instituição de ensino superior, remete a UNA a grande responsabilidade de constituir-se num autêntico centro privilegiado de pesquisa e de antecipação dos factos, com propostas de soluções científicas para informar políticas públicas no país e, promover necessárias reformas institucionais que conduzam à melhor gestão da coisa pública e criação do bem-estar social.

Vale recordar, que todas as instituições de ensino superior, tanto públicas, quanto privadas, têm a obrigação legal e moral de formar técnicos altamente qualificados, mas, igualmente, formar cidadãos patrióticos, proactivos, detentores de uma cultura de paz e de trabalho, defensores da unidade nacional e promotores do desenvolvimento sustentável.

Por sua vez,  a Secretária de Estado na Província de Maputo, Judith Mussácula Faria, apelou aos graduados para fazerem Jus ao que aprenderam durante os anos de formação, trazendo soluções locais para os problemas reais que vão encontrar no meio em que forem enquadrados e trabalharem para o bem da maioria. 

Na ocasião, enfatizou que a graduação enquadra-se nos esforços do Governo plasmado no PQG 2020-2024, na Prioridade 1: Desenvolvimento do Capital Humano e Justiça Social, onde Capital Humano se define como um conjunto de capacidades, conhecimentos, competências e atributos de personalidade individual e colectiva que favorecem a realização de actividades sociais e económicas necessárias para o desenvolvimento socio-económico, sustentável e integrado do País.  

É neste contexto que, reconhecendo o papel do ensino superior para o alcance desta prioridade, bem como os desafios que ameaçam a qualidade dos graduados desse subsector de ensino no país, o Governo iniciou a implementação de um conjunto de reformas no âmbito da governação, gestão e estruturação deste nível de ensino em todo o país, visando promover o alcance de níveis aceitáveis de qualidade conforme os padrões internacionalmente definidos. 

“Sendo uma Província com o maior Parque Industrial do País, é nossa expectativa que os graduados, respondam às necessidades de um mercado laboral cada vez mais competitivo e exigente, bem como a serem criativos, para de forma individual ou colectiva e com recurso ao conhecimento adquirido ao longo dos anos de formação, possam iniciar uma actividade que gere renda e gere emprego para outros jovens”, sublinhou Judith Mussácula.

Importa referir que a Província de Maputo conta com  13 Instituições do Ensino Superior com um total de  13.268 estudantes, que se distribuem em diversos cursos de ciências, tecnologias, engenharias, matemáticas, humanidades e saúde.